Fiquei sem saber. Olhos úmidos, a tristeza (ou o medo?) escorrendo pelas faces. A cabeça dói há vários dias. Excesso de pensamentos. Excesso de tudo, tudo. Excessos. Há muita espera, há muito amor, há muita raiva, há muito ciúme. De todos os lados, de todos os lados. A tristeza sai pelos dedos. O coração bate na ponta deles em ritmo descompassado, errado, demais, de menos. O olhar avermelhado, dolorido, vago, procura o foco. Onde está? Onde está? Tudo se perde em algum momento. Antes ou depois. Tudo se perde. O passado fica ali, assombrando, amaldiçoando, praguejando. Como escapar? Como desvencilhar-se? Como partir? Como não olhar para trás? Há tempo demais. Há tempo de menos. É cedo demais. É tarde demais. É menos. É mais. Ama-se demais. Ama-se de menos. E nada está pronto, nada vai acontecer.